Jornalismo Comunitário - O ECO LIVRE DA NOSSA CULTURA
“Vamos sempre tentar ver o que existe de bobagem nas ideias da moda e descobrir o que existe de relevante em fatos ou tendências ainda marginais” Gilberto Dimenstein
Como é do conhecimento de todos, a produção cultural de um agrupamento humano (seja ela qual for) é uma das mais importantes formas de expressão e caracterização de uma civilização. Refletindo sobre isso, o jornalista Gilberto Dimenstein sugeriu, em parceria com o Colégio Visconde de Porto Seguro, a elaboração de uma proposta educacional inovadora: o projeto Eco Livre.
Tal projeto tem como objetivo central oferecer à comunidade carente de Paraisópolis, grupo assistido pelo CVPS há 44 anos, a oportunidade de vivenciar e desenvolver, no dia a dia, o chamado jornalismo juvenil comunitário. Isto é, a partir da capacitação de jovens estudantes do ensino médio da Escola da Comunidade (basicamente frequentada por jovens residentes em Paraisópolis), a proposta pretende transformar, ao longo de todo um processo educativo, os estudantes que participam dessa ação pedagógica em jornalistas responsáveis pela divulgação cultural do que ocorre naquela região e em toda a cidade de São Paulo.
O grupo de estudantes do ensino médio da Escola da Comunidade que participa do projeto ECO LIVRE recebe, semanalmente, aulas de formação jornalística, curso este ministrado pelos professores de Língua Portuguesa Marcelo Donatti e Érika Salgado.O curso consiste na formação pedagógica para a produção de textos jornalísticos, assim como a distribuição de tarefas para as pautas de trabalho para as editorias, além de os alunos escreverem e publicarem esses textos no rascunho do site para posterior mediação dos professores, garantindo dessa forma a adequação dos conteúdos e da correção gramatical, além da edição de fotos e de vídeos.
Inicialmente, o projeto tinha como ideal a criação de um blog, ou seja, uma “ferramenta” tecnológica capaz de divulgar os resultados obtidos ao longo do trabalho. Agora, a nossa rede de informações e cultura transformou-se em algo maior: um site (www.ecolivre.com.br), uma revista “Holofote Literário” online no próprio site, uma comunidade no Orkut e um twitter (@ecolivre).
Para o jornalista Gilberto Dimenstein, mentor desse proejto, jornalismo comunitário é um jeito de educar pela comunicação. É, em essência, uma sala de aula viva, ou seja, ações que representam mais do que o acompanhamento crítico, supostamente isento, de notícias sobre temas sociais como educação, saúde, segurança ou trabalho. Significa, acima de tudo, um olhar diferenciado, um compromisso social que prioriza fatos colaborativos na construção de comunidades que valorizem os direitos dos cidadãos.
Fazer jornalismo comunitário em São Paulo é, antes de tudo, conhecer as iniciativas culturais que uma comunidade desenvolve, incentivando grupos sociais carentes a participarem, de fato, das atividades culturais da nossa cidade.
Com o intuito de divulgar, ampliar e facilitar o acesso dos moradores da Comunidade de Paraisópolis aos eventos culturais da cidade de São Paulo a custo zero ou mínimo, os alunos da EC do CVPS atuam de forma autônoma, como multiplicadores da cultura, por meio deste site, que utiliza a plataforma Word Press.
Ao que tudo indica, a ação pedagógica promovida pelo Colégio Visconde de Porto Seguro conquistará mais e mais espaços culturais. Visite nosso site ou entre em contato conosco pelo e-mail contatoecolivre@gmail.com
Colaboração de Gabriela Mendes.